A FUGA...

A terra solta suja os pés descalços,

O cheiro do mato por entre as narinas,

E o zumbi da abelha pertinho do ouvido...

O som... parece uma cascata...

Esse som inspira compor uma canção...

O colibri bem perto dos meus olhos

(como há muito não o via)

Parando, pairando, bailando,

Num magnifico cumprimento á flor.

Estou alí...

Como se levasse um puxão de orelha do Criador.

Sumiram todos,

Todos os engravatados,

Todos os edifícios,

Todas as buzinas,

Todos os gritos,

Todos os computadores,

Todos os celulares,

Sumiram... sumiram todos...

Ando por entre o verde,

Roxo está meu calcanhar...

Que felicidade vê-lo sem meia.

Não sei mais pescar,

Perdi o traquejo com o anzol...

Não importa, deixo-me ser pescado por esse momento.

E ali estou eu, longe da civilização...

Sonho? Fim do mundo?

Não... é só uma fuga da realidade do concreto,

Por 24 horas num prazeroso

Momento bucólico.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 09/09/2013
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