A Lei do Orgasmo

Correu à sombra dum palato miúdo

Sonoro e inebriante sol

(rasgavam as pétalas do pecado áureo)

Constavam poucas naus em superfície

Viris castigos nos escoravam de pé

E proles, em potes de fel, amainavam a rouquidão da tez

(e já passavam das dez!)

Ora pouco, ora membros

Outrora, ingênuos

Diante de tudo, o mais era nada

Plainava em cais, o esperma do macho

(santíssimo esculacho)

Na aurora feliz, o calo ferido

Em meio ao mausoléu de ossos fedidos

Abutres entediavam-se com a espera

Poucas memórias e esferas restaram, então

Pena!

O sarcasmo no lugar do 'dito' é o inenarrável prato.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 12/04/2007
Reeditado em 20/04/2007
Código do texto: T447359
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.