A Lei do Orgasmo
Correu à sombra dum palato miúdo
Sonoro e inebriante sol
(rasgavam as pétalas do pecado áureo)
Constavam poucas naus em superfície
Viris castigos nos escoravam de pé
E proles, em potes de fel, amainavam a rouquidão da tez
(e já passavam das dez!)
Ora pouco, ora membros
Outrora, ingênuos
Diante de tudo, o mais era nada
Plainava em cais, o esperma do macho
(santíssimo esculacho)
Na aurora feliz, o calo ferido
Em meio ao mausoléu de ossos fedidos
Abutres entediavam-se com a espera
Poucas memórias e esferas restaram, então
Pena!
O sarcasmo no lugar do 'dito' é o inenarrável prato.