_ABSURDA CALMA_
Os sonhos coloquei-os numa garrafa e atirei-a no rio da vida. Em águas, ora mansas, ora turbulentas, flutuando, lá se vão. Deixo que o acaso decida e conceda-lhes algum destino benfazejo. Caso em algum remanso permaneçam, sem se espatifarem em eventuais pedras, já experimentarei pequeno naco de satisfação. Enquanto isto, aguardo sentado na margem dos dias...
Como estouro de boiada, minhas palavras se estilhaçaram, dispersas pelo pensamento, como asteróides sem rumo num confuso universo. Meu fiel cão pastoreiro adoeceu e aguardo seu restabelecimento para reorganizar meu parco rebanho...
Mas, apesar disto, estou absurdamente calmo...
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Gajocosta, tentando retomar as letras, por ora fugidias...