A BRISA

Chegou na sua vida como uma brisa amena num dia de verão - sem grande estardalhaço, mas com toque agradável e suave.

Ele percebeu sua chegada e pôs-se à procura daqueles momentos de doce relaxamento; eram poucos, mas davam-lhe uma sensação de felicidade e paz; o mundo parava quando se via envolvido pela brisa. Não havia medos, frustrações, ansiedades, nada, somente o contato da brisa em seu corpo, numa carícia delicada.

Ao contrário dele, a brisa sentiu esse contato com grande intensidade, como se ela estivesse tentando, pela primeira vez, refrescar um local onde até então ventos suaves nunca tinham se aproximado...

E empenhava-se, oferecendo sua parte mais bonita, seu perfume mais delicado, seu sopro mais amigo, para deleitá-lo. Para ela, não havia obstáculos impossíveis de transpor, nem pedras que não pudessem ser removidas no afã de alcançá-lo.

Um dia, a brisa percebeu que tinha conseguido um pouco do seu intento e que ele ansiava por sua chegada tanto quanto ela o esperava... E assim, ele e a brisa se completaram...

RJ,31/08/13

(não aceito duetos, por favor)