Não é o Éden
Numa terra revolta
Deixei a semente solta
Deixei o amor brotar
Um campo de ternura
Só de colibris no ar
Não havia uma amargura
Sem encontro marcado
Já estava ao seu lado
O longe era muito perto
Não havia canto deserto
Não havia saudade a engasgar
Sempre me sentindo pronto
Para um desencontro
Pois desaguava no par
Quis querer sua falta
Eu a sentir febre alta
Quando não estiver comigo
Se não houver riscos de desenlace
Define-se aí o impasse
Do quanto eu a preciso prender
Quero ao amor me render
Eu a quero, e que o querer persista
Ainda que o campo se perca de vista