Conta às contas, não confessa os pecados por inteiro enquanto reza um terço...

Seu silencio grita seus mistérios aos meus sentidos

Entrego-me sem esforço a dança invisível de teus braços

Livre corre o gozo angustiante

Pula o muro rumo ao jardim descoberto por você

Muda, guardo tuas letras em segredo, mas meu rosto é flagrante delito.

No alvo acerto quando leio teu coração por teus olhos

Sei dos voos noturnos no escuro do quarto onde dormes acompanhado e só

Vinho tinto desce seco no doce salgado das lágrimas derramadas

Enquanto via a ponte

Um dia foi você quem sentiu

Outro dia fui eu

Isso sem querer nos uniu

E o gato?

O gato ficou pálido quando encurralado no estreito mundo

Mundo que lhe foi oferecido pintando-o de largo...