“Expectativas”
Uma tremenda ventania,
A noite estava muito fria!
Com o corpo encolhido
Por debaixo do cobertor
Eu tentava dormir.
A escuridão me assustava,
As janelas batiam com a
Força do vento, as cortinas
Brancas se mexiam como
Em um passo de dança.
De repente, passos na escada!
Senti que alguém se aproximava,
Algum objeto caiu. Algo pesado!
Não consegui definir, tomei
Coragem e me levantei, abri
A porta devagar, Tudo muito
Escuro, nada conseguia enxergar.
Havia apenas um feixe de luz
Que vinha de uma porta
Entreaberta no final do corredor.
Meu coração desritimado, com
A claridade que agora me alumia,
Sem entender, bastava-me esperar
O por vir do inesperado.
A escuridão já não me atormenta,
Agora; só a expectativa...
Que tal luz me venha responder?
Que seja então breve minha ansiedade.
O frio ainda me atormenta, minha
Mão tremula tateia em busca de
Algo a que me apóie. A luz, um sinal,
Uma inesperada dádiva divina.
Um jubilo para minha alma, outrora
Aflita, agora; o regresso da alegria.
Sinto-me honrado por escrever com a poetisa Marinez Novaes.
Beijo em teu coração querida.