ESCREVER TERIA CALVÁRIOS (?!) ...
Escrever parece fácil (e, publicar também), mas não será...
Na realidade vamos imprimir, encadernar e vender pequenas tiragens, considerando que tivemos muita dor de cabeça ao fazer como era costume, sem contar os inúmeros prejuízos, inclusive, entre os prejuízos, posso computar o marcar um lançamento em Recife, comparecendo sem os exemplares que não recebemos no prazo estabelecido (por culpa da empresa gráfica que jamais se desculpou pela saia justa) ...
Ou seja: Estamos numa situação desfavorável, mas, com a certeza que, qualquer falta (no acabamento dos livros) poderá ser melhor dissipada ao explicar que ainda não se tem a experiência necessária que, as grandes gráficas da região deveriam ter e, infelizmente, deixam a desejar ao empenhar a palavra de que entregariam o livro dentro dos conformes, no prazo determinado (e não o fazem), e pra evitar justificativas segundo as quais estaria falando por falar, posso alegar duas ou três coisas:
PRIMEIRA: Quando acertei com uma gráfica (e editora) sobre a publicação do Livro UM OÁSIS NO DESERTO DA EXISTÊNCIA, paguei por mil livros e ficou faltando que me entregassem 120 exemplares e, pra evitar dores de cabeça, cedi o direito (crédito a que tinha direito) pra que uma instituição (sem fins lucrativos) pudesse usar aquele valor que eu havia pago pelos livros (que ainda não haviam sido entregues);
SEGUNDA: Anos após o episódio, ao publicar o ANTES QUE SEJA TARDE (com outra empresa), vi a falta de respeito no cumprimento do prazo acertado para entrega do material – ou seja: agendei o lançamento do livro e tive que comparecer ao local do evento (no e horários estabelecidos) com a desculpa esfarrapada de que os livros não haviam sido entregues...
TERCEIRA: Como se descumprir prazos (estabelecidos) fosse algo simples, vi um livro ser entregue fora do prazo, acarretando prejuízos materiais, além do fato que, aos olhos de quem presencia a falta dos exemplares num lançamento fica parecendo que o autor deixou de honrar o pagamento (coisa parecida) ...
Por essas e outras, achei melhor eu mesmo ser o responsável pela edição de alguns livros, com o objetivo
de assim entender o calvário de quem sonha fazer e, o deixa de fazer por falta de condições... Foi, por exemplo, indo atrás de patrocínios para os primeiros livros na década oitenta, que aprendi a lidar com a falta de patrocínio para esse tipo de atividade... E, posso aproveitar a oportunidade para dizer aos novos escritores que patrocínio para livros nem pensar...
É claro que existe excreções, mas é melhor batalhar do que andar atrás de algo tão difícil... Somente como exemplo para ilustrar o que falo, direi mais duas ou três coisas, sobre a questão:
PRIMEIRA: Antes de saber sobre a impossibilidade, ia as grandes empresas e, como se houvesse sido combinado por elas (e entre elas), ouvia: Traga um ofício que enviarei pra central – Só que o ofício ia e a resposta nunca vinha – Como o primeiro livro era de críticas social, ficou excelente pra textos do segundo livro (também sobre críticas);
SEGUNDA: Irônico é lembrar o pessoal que faz pizzas e que estufa o peito se dizendo representantes do povo... Mas, não é momento de falar mais sobre se disserem representantes do povo... Quero apenas ressaltar que, no primeiro momento o político dirá que apoia a iniciativa cultural, que é preciso fazer alguma coisa nesse sentido, etc. e tal...
O que se faz necessário entender é se algum político saberia o que é fazer alguma coisa pela cultura (?!)...
Pra não mais falar sobre o apoio da corja (aos escritores), diria que na prática, o que se diz representante, daria algo equivalente a um exemplar, esperando que o autor o trate como se patrocinador da edição inteira... Cá entre nós, evite esse tipo de situação humilhante, porque é mais honroso colocar a criatividade em ação, descobrindo outras formas de bancar as despesas de impressão do livro, inclusive, contraindo algum empréstimo – garanto que é mais honesto que passar por situações humilhantes, desnecessárias e inúteis...
TERCEIRA: Pasmem, mas aconteceu... Certa pessoa influente (já havia sido mandatária do município), disse que a procurasse na capital que, encaminharia o caso pra o diretor da fundação de arte e cultura...
Mesmo meio cabreiro, fui lá, não custava dinheiro fazer a tentativa – frequentemente ia mesmo a capital, cumprindo obrigações como representante sindical...
Chegando lá, bilhete de apresentação em mãos, fui à fundação de arte e cultura... Uma moça (que estava perto da recepção), ouvindo o pleito, disse que colocasse o material em suas mãos, pois conhecia pessoalmente o diretor e, facilitaria seu apoio ao pleito... Achei que era uma oferta grande demais e, disse: daqui a pouco farei isso e, enquanto ela saiu um pouco, alguém que ouvira a conversa cochichou: Entregue o material e, dê adeus ao livro...
Foi como uma luz que faltava e sai dali o quanto antes... Poderia contar outros casos, mas, apesar de escrever sobre o calvário porque passa a maior parte dos autores, acho que tenho outras coisas a dizer aos iniciantes dessa arte de escrever...
Em meu achômetro, o mais importante de tudo é não desistir dos seus sonhos (como diz o pregador Hernandes Dias Lopes) ... Por outro lado, ter convicção do que deseja na vida: Escrever, descrever, registrar a história de nossa geração – Inclusive, um dos erros da maioria dos escritores é não saber o que espera da vida e, outro erro é não saber o que dizer.
Após muitos altos e muitos baixos, nessa estrada, comecei a fazer a experiência de imprimir, encadernar e vender o próprio livro, começando com: SOMOS AUTORES E ATORES EM NOSSA GERAÇÃO...
A frase não é minha, foi uma colega do recanto das letras que disse isso ao questionar por que havia pouco material publicado (sobre escrever na época da internet); trocava ideias sobre as informações que ela queria para escrever o TCC de conclusão do curso universitário...
Na realidade vamos imprimir, encadernar e vender pequenas tiragens, considerando que tivemos muita dor de cabeça ao fazer como era costume, sem contar os inúmeros prejuízos, inclusive, entre os prejuízos, posso computar o marcar um lançamento em Recife, comparecendo sem os exemplares que não recebemos no prazo estabelecido (por culpa da empresa gráfica que jamais se desculpou pela saia justa) ...
Ou seja: Estamos numa situação desfavorável, mas, com a certeza que, qualquer falta (no acabamento dos livros) poderá ser melhor dissipada ao explicar que ainda não se tem a experiência necessária que, as grandes gráficas da região deveriam ter e, infelizmente, deixam a desejar ao empenhar a palavra de que entregariam o livro dentro dos conformes, no prazo determinado (e não o fazem), e pra evitar justificativas segundo as quais estaria falando por falar, posso alegar duas ou três coisas:
PRIMEIRA: Quando acertei com uma gráfica (e editora) sobre a publicação do Livro UM OÁSIS NO DESERTO DA EXISTÊNCIA, paguei por mil livros e ficou faltando que me entregassem 120 exemplares e, pra evitar dores de cabeça, cedi o direito (crédito a que tinha direito) pra que uma instituição (sem fins lucrativos) pudesse usar aquele valor que eu havia pago pelos livros (que ainda não haviam sido entregues);
SEGUNDA: Anos após o episódio, ao publicar o ANTES QUE SEJA TARDE (com outra empresa), vi a falta de respeito no cumprimento do prazo acertado para entrega do material – ou seja: agendei o lançamento do livro e tive que comparecer ao local do evento (no e horários estabelecidos) com a desculpa esfarrapada de que os livros não haviam sido entregues...
TERCEIRA: Como se descumprir prazos (estabelecidos) fosse algo simples, vi um livro ser entregue fora do prazo, acarretando prejuízos materiais, além do fato que, aos olhos de quem presencia a falta dos exemplares num lançamento fica parecendo que o autor deixou de honrar o pagamento (coisa parecida) ...
Por essas e outras, achei melhor eu mesmo ser o responsável pela edição de alguns livros, com o objetivo
de assim entender o calvário de quem sonha fazer e, o deixa de fazer por falta de condições... Foi, por exemplo, indo atrás de patrocínios para os primeiros livros na década oitenta, que aprendi a lidar com a falta de patrocínio para esse tipo de atividade... E, posso aproveitar a oportunidade para dizer aos novos escritores que patrocínio para livros nem pensar...
É claro que existe excreções, mas é melhor batalhar do que andar atrás de algo tão difícil... Somente como exemplo para ilustrar o que falo, direi mais duas ou três coisas, sobre a questão:
PRIMEIRA: Antes de saber sobre a impossibilidade, ia as grandes empresas e, como se houvesse sido combinado por elas (e entre elas), ouvia: Traga um ofício que enviarei pra central – Só que o ofício ia e a resposta nunca vinha – Como o primeiro livro era de críticas social, ficou excelente pra textos do segundo livro (também sobre críticas);
SEGUNDA: Irônico é lembrar o pessoal que faz pizzas e que estufa o peito se dizendo representantes do povo... Mas, não é momento de falar mais sobre se disserem representantes do povo... Quero apenas ressaltar que, no primeiro momento o político dirá que apoia a iniciativa cultural, que é preciso fazer alguma coisa nesse sentido, etc. e tal...
O que se faz necessário entender é se algum político saberia o que é fazer alguma coisa pela cultura (?!)...
Pra não mais falar sobre o apoio da corja (aos escritores), diria que na prática, o que se diz representante, daria algo equivalente a um exemplar, esperando que o autor o trate como se patrocinador da edição inteira... Cá entre nós, evite esse tipo de situação humilhante, porque é mais honroso colocar a criatividade em ação, descobrindo outras formas de bancar as despesas de impressão do livro, inclusive, contraindo algum empréstimo – garanto que é mais honesto que passar por situações humilhantes, desnecessárias e inúteis...
TERCEIRA: Pasmem, mas aconteceu... Certa pessoa influente (já havia sido mandatária do município), disse que a procurasse na capital que, encaminharia o caso pra o diretor da fundação de arte e cultura...
Mesmo meio cabreiro, fui lá, não custava dinheiro fazer a tentativa – frequentemente ia mesmo a capital, cumprindo obrigações como representante sindical...
Chegando lá, bilhete de apresentação em mãos, fui à fundação de arte e cultura... Uma moça (que estava perto da recepção), ouvindo o pleito, disse que colocasse o material em suas mãos, pois conhecia pessoalmente o diretor e, facilitaria seu apoio ao pleito... Achei que era uma oferta grande demais e, disse: daqui a pouco farei isso e, enquanto ela saiu um pouco, alguém que ouvira a conversa cochichou: Entregue o material e, dê adeus ao livro...
Foi como uma luz que faltava e sai dali o quanto antes... Poderia contar outros casos, mas, apesar de escrever sobre o calvário porque passa a maior parte dos autores, acho que tenho outras coisas a dizer aos iniciantes dessa arte de escrever...
Em meu achômetro, o mais importante de tudo é não desistir dos seus sonhos (como diz o pregador Hernandes Dias Lopes) ... Por outro lado, ter convicção do que deseja na vida: Escrever, descrever, registrar a história de nossa geração – Inclusive, um dos erros da maioria dos escritores é não saber o que espera da vida e, outro erro é não saber o que dizer.
Após muitos altos e muitos baixos, nessa estrada, comecei a fazer a experiência de imprimir, encadernar e vender o próprio livro, começando com: SOMOS AUTORES E ATORES EM NOSSA GERAÇÃO...
A frase não é minha, foi uma colega do recanto das letras que disse isso ao questionar por que havia pouco material publicado (sobre escrever na época da internet); trocava ideias sobre as informações que ela queria para escrever o TCC de conclusão do curso universitário...