A corrente
Há algum tempo me senti preso a algo que não me prendia.
Até que um dia eu quis me ver livre e disse tchau, com uma força de quero sair, com um ímpeto de querer me deixar ir. Comecei a seguir em frente, na verdade a correr, como um escravo que foge, mesmo sendo senhor dele próprio.
Porém, às vezes ouço um barulho, o tilintar de uma corrente que está sendo arrastada ao chão, então decido parar e olhar, e enxergo elos de um sentimento que não acabou, uma corrente que ainda continua abraçada em mim, foi apenas partida ao meio. A corrente continua tilintando e eu me arrependo todas as vezes que paro para apreciar a ternura de um sentimento de ferro, antes, continuasse ouvindo, apenas ouvindo o barulho.