Piloto automático
E lá estava ela, deitada, em silêncio, sentindo pena de si mesma...
Olhava para o teto como se dali fosse desabar a solução para sua aflições ou, simplesmente, esperava que aquela estrutura desabasse sobre ela e ceifasse de vez sua existência, que parecia tão inútil, mas nada acontecia.
E ali, em seu vazio, se sentia pesada como se o peso da gravidade fosse maior sobre ela, por isso não se mexia , estava inerte...
Logo, seus olhos desistem de sua função e se fecham... Ela morrera?!
-“Quem dera!”
Ouvindo seu coração a pular insistentemente em seu peito, ela não consegue compreender porque ele continua se ela já desistira...
Respira como quem dá o ultimo suspiro, mas o ar entra e sai como se tentasse renová-la, remover o que a destrói em seu interior, só que esse “algo” não está nos pulmões... nem ela sabe de onde vem...
O fato é que a inércia de sua mente não está sendo acompanhada por seu corpo, isso a frustra... mas diante dessa resistência, ela cede, abre os olhos, levanta-se e vai “viver” ...
em piloto-automático...