POEMETO DE SAUDADES.

 

 

Como eu te quero!

 

Se eu conseguir viver contigo apenas e somente por um instante, Minha Linda, tu podes estar certa de que morrerei com a impressão de que foi uma doce eternidade.

Isto é o que hoje eu consigo te dizer, porque, mesmo que tu não compreendas, acredite o meu amor por ti é imensurável.

Ele é tão bom e grande, que me sinto realizado e envolvido por uma galáxia de bem-aventurança.

Eu sei que o meu amor bate em ti com a força de flecha, transfixia o teu peito arfante e se aloja como pluma em teu coração.

Por que eu tenho que te amar tanto e deixar que a dor da saudade me martirize?

Eu assim não quero e também não desejaria que a saudade ferisse o teu coração, pois nele somente dormita o amor que o destino houve por bem forjar em beijos, brasas e fogo.

E assim Minha Linda, tu permaneces deitada indefesa no turíbulo da minha incandescente vida, de onde somente se evolam os perfumes embriagantes, que sentiremos até ao crepúsculo final de nossas vidas.

Hoje, o meu coração amanheceu úmido e premido por essa saudade gostosa de ti, talvez seja o efeito ou a ressonância benéfica dos sonhos dessa noite.

Desde setembro, quando rebentou aquela primavera em nossas vidas, tu, ó Minha Linda, passaste a me envolver, assim como as trepadeiras envolvem os muros velhos.

E agora me sinto docemente preso nos tentáculos do teu amor, esperando uma nova primavera para que tu me envolvas definitivamente em tuas raízes.

Juro-te Minha Linda que, quando cessar o processo do envolvimento e, sem que tu percebas, eu já estarei descansando nas sombras eternas das tuas sobrancelhas.

Vem Ó Amada, eu quero sentir o hálito quente dos teus beijos e o esfregar gostoso do teu peito no meu peito.

Ó Minha Linda, espero um dia misturar as minhas águas emocionais com o teu lindo oceano de amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 11/04/2007
Reeditado em 13/04/2007
Código do texto: T445729