Entre carne e espírito

Carne e espírito

São entes subservientes

Entre si

Impossível discernir

Do qual emana

A emoção que se sente

Quando se ama

Ou quando o ódio consome.

Donde vem

O desejo de entrega àquele beijo?

Seria da língua tenra e quente

Que a outra bolina?

Seria do cheiro do cio

Que o corpo alicia?

Seria da pegada firme e forte

Que deixa o pegado sem norte?

A sanha do amasso

A ânsia pelo aprisionamento

Nos braços...

Não é coisa só de carne.

É mais; é combate

Entre pele e alma

Entre a matéria e o etéreo

Entre o tangível e o insólito

É o encontro entre o que toco

E o que não vejo, ignoro.

Em meio à carne e ao espírito

Amo.

Patrícia Andrade
Enviado por Patrícia Andrade em 27/08/2013
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