Inverossímil

Nos tempos do rei capital

Ouve-se rumores de paz na Terra

Quem diria que a paz se compraria?

E quem veria a gorjeta sobrepujar

O paletó de linho fino?

Soa a pesar o tic-tac na parede.

Vê-se correr como um rio incontrolável

O tempo, que hoje, não vale o agora.

Estejas por fora e verás

O que te há de custar.

No meio dos becos e vielas

Ecoa um grito

Em notas musicadas,

Batidas marcadas

E corpo a balançar.

É um grito de socorro

De quem não tem como gritar.

Às margens do Rio,

Câmeras buscam

A realidade inverossímil.

Fantasiam a verdade

E mascaram as versões.

E João com seu nariz de palhaço

Caminha a lentos passos

Em direção aos vagões,

Da Central.

Afinal, é carnaval:

Não há quem não entre no trilho e siga o curso

Normal

Amanda de Moraes Barroso
Enviado por LARA CARBONARA ACD em 27/08/2013
Código do texto: T4454574
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.