Há coisas...
dentro de mim que eu não entendo. Sinto, mas não sei explicar de onde vem. Realmente somos como iceberg, conforme dito pelo meu amado poeta. Preferimos não deixar visível. Basta o turbilhão de emoções tomar conta e os pensamentos dominarem como se mais nada existisse no mundo. Só eu, meus sentimentos e a minha razão. Por um instante eu me entendo, mas seguidamente não e vou alternando. Sinto como se isso fosse permanente, mas nada é. Há coisas que só o coração entende. A razão tenta explicar, mas não consegue e este mistério do meu próprio ser é o lema de cada dia. Me invento e me reinvento, aos poucos vou me entendendo e desentendendo. Minha eterna construção e reconstrução. Está difícil desvendar o mistério, mas vou conseguir. Há uma verdadeira força interior: vontade de viver.