Particularidade do contemporâneo.

Penso cada vez mais, que não se pode viver sem determinadas cobranças do nosso cotidiano, algo ligado à arte de uma forma particular, digo meio peculiar mesmo, não posso andar pela as ruas de minha cidade, sem ao menos notar em cada pessoa, sua integração com o contemporâneo de uma forma meio maluca de se sentir a arte agora de uma forma doentia de se ver e sentir, depois das artes visuais, as palavras saem como uma bala, às vezes claro dar meia volta e explodi na minha cabeça, lógico misturado com tudo isso veio uma depressão que estava guardada há anos, e sem medir qualquer tipo de esforço mental e físico estou aqui com meus botões há pensar novamente em suicídio.

Mas também sei que não há destruição sem uma construção, por isso comecei a construir algo novo, algo que nenhum acadêmico talvez tenha pensado por isso as idéias começaram a clarear, eu estou calma, preciso publicar alguns manuscritos que também há anos estão guardados, pode parecer meio polêmico ou meio arrogante de minha parte, dizer que tenho algo novo e original, em um mundo de imitações, antes de tudo preciso voltar ao tempo reviver algumas coisas que foram perdidas em meio a tanta teoria e alardear que estou em uma velhice precoce, as pessoas sempre dizem que já causei muito distúrbio e sempre querem saber que tipo de drogas que uso.

Mas não lhe interessam saber que o meu conhecimento defasado em meio a minha prepotência é que lhes causam a verdadeira dor, e chega a ser lastimável a idéia de partir antes de tudo, o inacabado me chama a atenção, o que me causa repulsa são os charlatões chamados de artistas, minhas palavras são verdadeiras por isso são rudes, sou arrogante, e já não suporto tal pensamento, tanta coisa errada e já não posso mudar; talvez sair pela a tangente fosse à solução.

Mas ai já não seria eu, no meu estado particular, só em meio a uma multidão de pessoas desinformadas que já me cansam muito, e olhando no espelho a minha pior metade vem

à tona, e acabo por machucar as pessoas, um dia na semana me mato e revivo no outro dia, na solidão da minha sinceridade escancarada, sempre errante, sempre machucando as pessoas que penso que amo e no outro segundo odeio.