GRITO E SILENCIO...
Quero restringir as normas,
Tenho náuseas de todos eles,
Recuso-me a ir...
Estou encurralado no meu próprio eu,
Remarei no próprio mar,
E vomitarei nas águas turvas,
Só a ilha me espera...
Não me conhecem,
Não perguntam por mim...
"Faz escuro, mas eu canto".
Quero estourar os tímpanos dos impios...
Ando lento,
Estou entre quatro paredes do elevador do tempo,
Fraco... perco as forças...
Fecho os olhos,
Como se me aconchegasse no útero-mãe,
Escuto uma canção (de ninar?)...
E já não sou mais eu:
Sou o poema que ainda está por vir.