O Compositor de Universos
Entediado em um canto qualquer, eu vejo sombras. Sombras estranhas e assustadoras, mais elas não parecem fazer nada contra mim. Viro-me para trás e nada vejo, mas elas continuam lá. Já me preparo para a parte mais insuportável: um pandemônio de flashes passa por minha cabeça, fazendo toda minha rotina tornar-se um completo caos. Não posso dormir, comer, nem mesmo pensar em algo diferente se não nas sombras. O que estaria as projetando? Por que só eu as vejo? Com mais calma, tento lembrar-me das perturbadoras imagens que vi. Elas me indicam um caminho difícil, mas não impossível; não para mim. Em um momento de desespero, pego um lápis. Este desliza sobre o papel me revelando o segredo das sombras. Rabiscos cobrem alguns desenhos que o lápis formara, desenhos que precisam ser ocultos. Depois de árduas horas de praticar a memória, eu revelo o que no dia não me foi revelado. Um novo universo acabara de ser criado.