ELO

Meu destino é ser só. O direito de ser amada me foi tirado em algum momento desta vida, em alguma circunstância infeliz... Todos se vão, todos partem e me deixam o frio como um beijo. É cruel demais este estado permanente de não pertencer. É tolerável, mas é incômodo, é vago demais... Não ter ninguém, acordar todos os dias e não receber um: bom dia, amor! Este espaço me consome! Espaço entre o que vivo e o que realmente almejo. O que me perturba mais ainda é este meu vício de observar pegadas... A vida insiste em decorar o meu céu com bronze e faz com que tudo fique assim... Sem sol, sem chuva... Apenas o nada me envolve, me usa e me liga a um outro nada tornando-se em um elo infinitamente amargo.