Delírios de uma poetisa.
Jardim floreado, ares místicos...
Pássaros gorjeiam suave melodia...
- Fazemos parte da deslumbrante fina tarde ...
Canta um e o outro complementa:
- Somos os artistas do momento, complemento da vivaz espiritualidade presente no infinito.
E o canto continua, de galho em galho, de árvore em árvore...
Tarde caindo, arrebol no horizonte, Luz delicada; ar morno e macio acaricia a pele. O tempo parece tremular nas asas de um querubim. Sonhos que pairam nas encostas do pensamento. Suave prelúdio noturno...
Vislumbre etéreo, sobrenatural. A face delicada da noite, enfim se apresenta...
O Braço de Órion mostra suas constelações, a lua...
Divindade noturnal,
Energia universal.
Na terra os canteiros floridos exalam perfumes...
Dama-da-noite, Madressilva...
... Jasmim, Rosa Amélia...
Orvalho...Pureza e simplicidade na paisagem. Em êxtase o coração palpita; a vida irradia como ouro acrisolado...
E assim vagueia livre pela madrugada a imaginação do poeta...
Sonho... arte...