>RAÍZES NEGRAS<

Em minha odisseia pelo o indomesticado mundo.
Encontrei comigo mesmo no interior buscado,
Sendo o meu comandante brigando pela sobrevivência.
Impetuoso no externo, lutador na linha de frente.
 
Com muitos impasses no uso do defensivo...
Dentro da ética vencendo muralhas,
Jamais neguei a cor negra...
Que efetiva o meu sangue e o sentimento,
São legados que valorizam os meus reais traços típicos.
Atributos que me fazem sentir um rei,
Dentro da imbatível personalidade.
 
Neste peito existe o lamento da senzala.
Busco astúcia do ZUMBI DOS PALMARES.
Para marchar entre as lavras
De um vulcão com ventosas impertinentes,
O escudo dos meus ancestrais me protege da força
Desta erupção para não ser devorado...
 
Nenhuma lavra virou flor.
Eu estava sozinho sem nenhum paraninfo,
O cardápio que me exibiam não era de bom agrado...
No passado eu comeria de tudo
Mesmo que não fosse do meu gosto.
 
Sinceramente eu estava muito mudado...
 
Passei por muitas cidades...
Só numa não encontrei amigos.
Acredito que subestimaram a minha inteligência
Para decodificar os seus pergaminhos.
No entanto não trucidaram o meu interpretar.
 
Nem o meu íntegro esperto sorriso...
 
Onde só o grego predomina é insulto ao meu idioma...
 
Entendo com clareza o português que me arquiteta.
Dentro das basais interpretações das instáveis disciplinas,
O meu raciocinar em português me eleva e alimenta...
Quando tenho sede sou eu que encontro à mina.
 
 
***



SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 21/08/2013
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T4445741
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