DESERTO DESEJANDO O MAR




Triste sentir o desejo de escrever e as palavras fugirem da gente.


 
Na mente, no corpo, no mais íntimo do seu ser... Elas pulsam, borbulham, mas ali se calam. Negam-se a sair corpo afora.

Sinto-me sufocada. É como querer gritar e não ter voz, chorar e não ter lágrimas, ser mãe e não poder gerar.

É muito triste amar as palavras e sentir-se estéril delas. As mesmas palavras que tantas vezes ajudaram-me a expressar alívio, alegria, gratidão, amizade, amor... Neste instante, abandonaram-me.

Estou vazia! Sou noite sem estrelas e sem luar... Sou solidão... Deserto desejando o mar.

 

 
Ione Rubra Rosa – 21-08-2013

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Ione Barbieri (Rubra Rosa)
Enviado por Ione Barbieri (Rubra Rosa) em 21/08/2013
Reeditado em 21/08/2013
Código do texto: T4445691
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