Ida e Volta

De repente o chão cedeu e uma fenda se abriu

E numa queda livre senti meus pés chegando ao fim

Num impulso para subir senti-me envolvida pela sua voz

Como num abraço quente guiando pelo caminho...

Absorvendo os meus sentimentos e atenção

Fazendo-me flutuar novamente numa alegria fugáz

Todos os sonhos desfeitos pelo seu silêncio

Tomaram cor e forma com um simples olhar...

Voltei do inferno ao céu

Votei a sorrir, desejar, acreditar...

A carência talvez seja a resposta e o motivo

Talvez a esperança e a promessa sejam a razão

Afinal, como separar emoções e sentidos

Como separar o desejo do que vem do coração?

Como negar o que se quer com tanto ardor

Como mascarar com indiferença a esperança

Como esconder o brilho dos olhos com dor

Como esconder a alegria diante de sua presença?

Em uma vida pluralizada

tudo que se tem, se tem pela metade.

A alegria, o amor, a tristeza,

O prazer, a esperança... e até a saudade.

crismar
Enviado por crismar em 20/08/2013
Reeditado em 22/02/2014
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