Jardins de outono
A vontade de escrever é calmaria e furacão se apossando do meu ser e iluminando minh'alma, como se as células fossem plantações de trigo. Feito vendaval destruindo tudo e mãos operárias reconstruindo e replantando favos de mel. Formigas operárias carregando amareladas folhas, formando jardins de outono. Molécula por molécula, veia por veia, onde a alma do sangue não chega pelas artérias ao coração, mas através da Pena. Caneta sem tinta e cor flutuando sobre papéis e pingando gotas de suor em malabarismo voadores feito trapezistas. Nessa expurgação febril na busca frenética pelas palavras vou plainando e aos poucos colocando os pés no chão. Tonel jorrando algo parecido com água cristalina buscando a sede dos desvalidos, jorrando em abundância com a força e humildade dos crisântemos curvando-se diante à luz do Sol.
Tony Bahi@.