A ferramenta de cada um
O carpinteiro e o poeta brigaram
Ferramentas e canetas trocaram de mãos
Armados de ira aventaram
Virtuosismo em qualquer profissão
Rimas cederam à janela gelosia
Com a serra cravou na madeira poesia
O sol reclamando vinha, por tortuosos vãos
Verbo com verbo, levava a rima em aluvião
Só com prumo e esquadro a janela se abria
Só com versos entrava pela janela a magia
A mágoa nunca deixou que fizessem as pazes
Viram que suas ferramentas os faziam capazes