O Sublime dos Pecados, É a Virtude
Toda vida se move no enfrentamento básico da consciência plena que a solidão é o fato central e inevitável da condição humana. Mas o que traz alívio a esta verdade condicional, que é sentir-se vivo e só, é sentir-se sempre apto, não apenas a estar feliz, mas a ser feliz. Sentir-se amado no presente e sentir a saudade de ser amado, mesmo no presente, sentindo saudades do futuro, porque a cena já está em si, muito antes de existir, ou ter existido. Posto isto, a saudade é sempre presente, distante ou perto, é presença atemporal, é saúde espiritual, pois para a alma, que é sábia o lindo espírito nunca pode ser quebrado, nunca é esquecido e sempre é motivo de reincidir a condição de ser feliz. Este é o verdadeiro amor que nos ama. Que amor será este que nos ama? Que mistério ele contém que só ele, e apenas ele, nos faz sentir amado e não só? Cada ser a sua maneira deseja ser amado e cada amor que faz alguém sentir-se amado é sempre único. Ninguém se sente amado à maneira do outro. O grande lance do afeto é encontrar o par que se sente amado a sua maneira. É o momento da supremacia do ser, reconhecer no outro a sua cena poética maior, aquela que para si era, e é, perfeito e terno segredo e de repente o amador percebe no ser amado o espelho da sua cena mais querida, mais desejada. Neste momento o amor não é mais cego, ganha luz e se faz clarão. Este é o toque divino. Não há nada mais fortalecedor que o contato com o divino que está em si contido. A resposta final, a descoberta da questão: 'Que amor será este que nos ama?' Um sentimento magnânimo que vem de todo lugar e de lugar nenhum, que está dentro e ao redor de si, mesmo quando, com aquele outro, não teve nenhuma experiência conhecida. Tino que não larga, que não deixa, que não esquece... Nunca abandona. Que é exemplo que inspira e eleva. Que faz olhar em volta e ver mensagens escondidas de beleza e verdade, em cada flor, em cada ser humano. E a cada incentivo de compreensão de sua existência real, sentir-se a todos conectado. A escuridão da maldade morre diante de tanto brilho, de tanta graça angelical. Por isso os amantes voam, ganham asas, são todos anjos. Estes são os verdadeiros anjos que se escondem nas ações dos humanos, quando se põem à beira de... Só para ajudar... Aí os milagres acontecem. É assim que quando se sente amado, o ser humano percebe afinal que não há caminhos bloqueados para si, que há sempre uma chave, uma password para abrir o portal. É neste momento que cada ser percebe que 'cada outra pessoa é sua' ou seja dela mesma. Portanto ninguém é de ninguém, só o sentimento prende e solta a mercê daquele(a) que apenas quer viver plenamente o 'sentir-se amado' e alcançar o sublime, pelo que nada mais importa, porque nesse estado não existem pecados, apenas virtudes. Este nó que ata e desata as relações é sempre a constância do alimentar a cena poética que um despertou no outro. Esta é a liga que une os amantes para sempre. Que os faz buscar a esperança e a fé um no outro para enfrentar tudo e escrever, a dois, uma só história no eles(as) que é o grande outro, o mundo que criaram para si, onde todas as histórias convergem para um 'sem final'.
In: O Sublime dos Pecados, É a Virtude prosa de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 17AGO2013
Toda vida se move no enfrentamento básico da consciência plena que a solidão é o fato central e inevitável da condição humana. Mas o que traz alívio a esta verdade condicional, que é sentir-se vivo e só, é sentir-se sempre apto, não apenas a estar feliz, mas a ser feliz. Sentir-se amado no presente e sentir a saudade de ser amado, mesmo no presente, sentindo saudades do futuro, porque a cena já está em si, muito antes de existir, ou ter existido. Posto isto, a saudade é sempre presente, distante ou perto, é presença atemporal, é saúde espiritual, pois para a alma, que é sábia o lindo espírito nunca pode ser quebrado, nunca é esquecido e sempre é motivo de reincidir a condição de ser feliz. Este é o verdadeiro amor que nos ama. Que amor será este que nos ama? Que mistério ele contém que só ele, e apenas ele, nos faz sentir amado e não só? Cada ser a sua maneira deseja ser amado e cada amor que faz alguém sentir-se amado é sempre único. Ninguém se sente amado à maneira do outro. O grande lance do afeto é encontrar o par que se sente amado a sua maneira. É o momento da supremacia do ser, reconhecer no outro a sua cena poética maior, aquela que para si era, e é, perfeito e terno segredo e de repente o amador percebe no ser amado o espelho da sua cena mais querida, mais desejada. Neste momento o amor não é mais cego, ganha luz e se faz clarão. Este é o toque divino. Não há nada mais fortalecedor que o contato com o divino que está em si contido. A resposta final, a descoberta da questão: 'Que amor será este que nos ama?' Um sentimento magnânimo que vem de todo lugar e de lugar nenhum, que está dentro e ao redor de si, mesmo quando, com aquele outro, não teve nenhuma experiência conhecida. Tino que não larga, que não deixa, que não esquece... Nunca abandona. Que é exemplo que inspira e eleva. Que faz olhar em volta e ver mensagens escondidas de beleza e verdade, em cada flor, em cada ser humano. E a cada incentivo de compreensão de sua existência real, sentir-se a todos conectado. A escuridão da maldade morre diante de tanto brilho, de tanta graça angelical. Por isso os amantes voam, ganham asas, são todos anjos. Estes são os verdadeiros anjos que se escondem nas ações dos humanos, quando se põem à beira de... Só para ajudar... Aí os milagres acontecem. É assim que quando se sente amado, o ser humano percebe afinal que não há caminhos bloqueados para si, que há sempre uma chave, uma password para abrir o portal. É neste momento que cada ser percebe que 'cada outra pessoa é sua' ou seja dela mesma. Portanto ninguém é de ninguém, só o sentimento prende e solta a mercê daquele(a) que apenas quer viver plenamente o 'sentir-se amado' e alcançar o sublime, pelo que nada mais importa, porque nesse estado não existem pecados, apenas virtudes. Este nó que ata e desata as relações é sempre a constância do alimentar a cena poética que um despertou no outro. Esta é a liga que une os amantes para sempre. Que os faz buscar a esperança e a fé um no outro para enfrentar tudo e escrever, a dois, uma só história no eles(as) que é o grande outro, o mundo que criaram para si, onde todas as histórias convergem para um 'sem final'.
In: O Sublime dos Pecados, É a Virtude prosa de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 17AGO2013