A moça da fazenda sempre foi feliz a despeito de alguns percalços que a vida programou. Tinha como rotina então, fugir de problemas, sua vida tinha que ser cor de rosa, assim a pintaram e ao cair da tarde seu jovem coração mudava de mala e cuia para a lua, numa viagem, onde antes dançava um pouco entre as estrelas colhendo algumas para enfeitar os cabelos. Assim, nessa imaginação fértil e pura não poderia ser triste, tinha sempre a companhia da natureza pródiga, dia e noite. Nada ali era melhor do que isso, pois quando cansava das conversas ou sabia de algum problema que não entendia, ela ia para o seu refúgio, onde desfiava os pensamentos em tênues linhas românticas, idealizando o futuro.
Pela manhã, depois de bom sono e sonhos, acordava com o sol luzindo na paisagem, limpa como sua alma. Saía logo em seguida, ia cavalgar, tarefa diária, um momento de liberdade, sem preocupação. Havia muita vida lá fora e a moça da fazenda, assim, aos poucos, saiu de sua ostra, germinou em dons, aprendeu a cantar em versos e fazer canção.


09/08/13
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 14/08/2013
Reeditado em 25/11/2015
Código do texto: T4434385
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