A TV brasileira e o social
Quem lembra quando não havia TV?
As famílias todas muito grandes
Os casais não faziam mais que 'chacanabuchaca'
Os filhos eram stands
De hombridade e amor
A sociedade se enchia com essa bondade.
O grande número de filhos dizia tudo
A mulher embuchava todo ano
Os bruguelos mal saiam andando
A mãe estava prenha de outro
Os cueiros estalando.
Vixe!Era minino de mói!
A casa era cheia que fazia gosto
Não faltava serviço pra fazer
A pareia não tinha tempo nem pra desgosto
Os cônjuges felizes que era uma beleza...!
Não precisavam de mais nada; viviam compostos.
Os passarinhos na gaiola
Cantavam que era uma felicidade...!
A parentada toda a visitá-los com presentes
O 'xixi' do bebê àquela irmandade
Muita canja, na dieta, pra mulher ganhar força
A festa familiar na maior simplicidade.
Tanta paz no viver daquele povo
Não se precisava de muito
Na hora D, chamava-se a parteira
Pouco tempo depois, o choro solto
Corre ali, chama o pai!
E o felizardo com aquela cara de boto!
Às vezes, a alegria era tanta
Mais ainda, se o bebê urinasse pra cima
Ensopando o carão do dono da casa
Aí, sim, esquentava o clima
A branquinha entornava por toda casa
Então, não se necessitava de laranja lima.
Quanta sorte daquela gente de outrora!
A felicidade era uma só
Encher a casa de filhos
Um punhado de amor
Ser macho pra valer
Também, não carecia muito quiproquó.