TERRA AMEAÇADA

Era uma vez... Em eras distantes... Após singular explosão de amor, espalhando luz resplendente... Bilhões de anos depois, do universo em expansão... Espiral galáxia brilhante, com sistemas resplandecentes...

... Num ponto distante, do centro da galáxia bendita... Surge um sistema solar... No centro um sol majestoso, planetas em seu entorno, cada qual num ritmo a girar...

... O terceiro planeta surge distante... O bastante daquela esfera aquecida, trazendo a água da vida a uma esfera bendita... A nossa mãe Terra querida, e o tempo declamando sua história fascinante...

... Sobre seu eixo ela gira, desde longínquas eras, vinte quatro horas tem seu dia, finda a translação, o ano se completa. É a Terra no tempo do universo em sua viagem épica.

Após a sua formação como esfera, há cerca de quatro e meio bilhões de anos atrás, quando um globo incandescente ainda era, preparava-se para tempos magistrais. Depois de toda revolução perfeita, o clima aos poucos se transformou e, com a superfície toda refeita, a gênese orgânica, com trabalho desabrochou.

Seres unicelulares como princípio na lida, aos poucos evoluindo para multicelulares, fecundaram sobre toda Terra a vida, espalhando-se por todos os lugares.

Habitantes muito diversos, sobre o planeta passaram, desde seres dos mais modestos, até enormes feras, por mar e terra, perambularam. Após essas eras distantes, por onde gigantes desfilaram no domínio, ouviram-se choros constantes, era o Homem em meio à natureza surgindo. Como um Primata inocente nasceu evoluindo até um Neandertal, logo o Homo Sapiens surgindo, cresceu, com singular inteligência tornou-se capital.

Um longo tempo o Homem levou, para do nomadismo se despojar, sobreviver ao tempo o desafiou, então se decidiu civilizar. Dominando com arte e propriedade, os reinos: mineral, vegetal e animal... Desenvolveu-se com toda liberdade, se impondo como dominador real.

O planeta por milhares de anos pouco se modificou, após surgir o Homem em sua face, e logo num paraíso se tornou, com belezas exuberantes florescendo por toda parte.

Enquanto o Planeta acompanhava, o Homem em inteligência avançar, uma Natureza deslumbrante testemunhava a negligência humana se revelar.

Após séculos em trevas abissais, o Homem deu um salto fundamental, pela revolução dos labores industriais, elevou-se a um ápice intelectual. Assim, a Terra e seus habitantes passaram a contemplar, o Homem singrar terra, ar e mar, com invenções criadas de forma exemplar, poluindo e destruindo, sem um pouco se importar.

Seguindo o mesmo padrão evolutivo, continuou o Homem com progresso sem igual, devastando esplêndidas regiões, de vigores nativos... Fazendo brotar do trigo, ao petróleo afinal.

Pensando a Natureza de belezas suntuosas, com florestas e mares em verdes esmeraldas, desertos e cânions com suas formas sinuosas, grandes geleiras como imensas pedras preciosas, sem esquecer a neve, cintilando como diamantes, nas montanhas alvas ao alvorecer, distantes.

Tendo a abóbada celeste como fundo, todas aquelas belezas são pitorescas paisagens, que riscos sofrem de ficarem no mundo, em telas de anônimos artistas, registradas apenas como belas imagens.

Provocando guerras de vasta destruição, esgotando a terra com ganância e ambição, mostrou-se o Homem, como fera, ao mundo, com poder de dizimar, num átomo, toda criação.

E no intervalo dos derradeiros fatos, o Homem rasgou o céu além da exosfera distante, e de lá pronunciou com olhos fascinados, a Terra é azul! Detendo-se por um instante. E chegando aos tempos de hoje, com toda a evolução humana no globo, cataclismos se avolumam pelo orbe todo, será a Terra ameaçada pedindo socorro?

O Dia da Terra deve ser todo dia, afinal, é o nosso lar, nossa morada e, se a natureza sobre ela se tornou arredia, é mostrando ao Homem, que ele não é nada... (mas, poderá ser tudo, um dia... Quando coração e razão se derem as mãos, trabalhando no planeta pela regeneração...).

E o Criador celeste vai rasgando o véu pouco a pouco, instruindo ao Homem de espírito compungido, se erguer vigoroso ante um passado culposo, para assim trabalhando com coração operoso, despertar no alvorecer de um novo mundo evolvido.