Indiferença
Rua dos nobres;
Passa o vendedor de gás,
Passa o coletor de lixo,
Passa a madame
E passa o pobre.
Rua dos nobres;
Passa o vigilante,
Passa o carteiro,
Passa o doutor
E também passa o pobre.
Rua dos nobres;
Que lugar é este?
Quem é esta gente?
Que ignora os pobres.
Ah! Se não fosse os pobres;
Como viveriam esta gente,
No meio da imundície
Morreriam todos doentes.
Na rua dos nobres
Trabalha o pobre,
Muitas vezes até doente,
Não pode perder o dia
Pois no bolso ele sente.
Alguns passam correndo,
Fazendo coleta de lixo,
Sujos, suados,
Muitas vezes, molhados pela chuva,
Passa também o magnata
E acha tudo engraçado.
Rua dos nobres,
Passa o guarda apitando,
De hora em hora a vigiar
Observa o varredor de rua
A sua marmita esquentar.
Chegam as crianças da escola
Todas em carro particular,
Quanta diferença para o pobre
Que nem tem onde estudar.
De repente chega a chuva
Todos correm se abrigar,
Os coitados não percebem
Na cobertura, uma câmera a filmar.
O rico lá de dentro
Fica só observando,
De olho no monitor
Vê o pobre se molhando.
Logo chega o magnata,
Da rua o portão é acionado,
Amontoam-se num canto
Admiram o carro importado.
A chuva para,
A rotina continua,
Uns fazem poda de árvores
Outros varrendo rua.
O trabalho é duro,
Mas não podem desanimar
O desemprego é grande
Têm os filhos pra criar.
Rua dos nobres;
Que lugar é este
Onde tudo acontece,
Não deveria ter diferença
Pois nobre rima com pobre,
E todos nós sentimos dor,
Pecadores aqui da terra
Filhos do mesmo Criador.
Já descobri que lugar é este,
É onde o rico se sente mais rico,
E o pobre se sente mais pobre.
Se é rua dos nobres ou dos pobres
Não me importo,
Para mim é indiferente,
Se quem passa não me enxerga,
Quem eu não enxergo está presente,
E isto basta...
Rua dos nobres;
Passa o vendedor de gás,
Passa o coletor de lixo,
Passa a madame
E passa o pobre.
Rua dos nobres;
Passa o vigilante,
Passa o carteiro,
Passa o doutor
E também passa o pobre.
Rua dos nobres;
Que lugar é este?
Quem é esta gente?
Que ignora os pobres.
Ah! Se não fosse os pobres;
Como viveriam esta gente,
No meio da imundície
Morreriam todos doentes.
Na rua dos nobres
Trabalha o pobre,
Muitas vezes até doente,
Não pode perder o dia
Pois no bolso ele sente.
Alguns passam correndo,
Fazendo coleta de lixo,
Sujos, suados,
Muitas vezes, molhados pela chuva,
Passa também o magnata
E acha tudo engraçado.
Rua dos nobres,
Passa o guarda apitando,
De hora em hora a vigiar
Observa o varredor de rua
A sua marmita esquentar.
Chegam as crianças da escola
Todas em carro particular,
Quanta diferença para o pobre
Que nem tem onde estudar.
De repente chega a chuva
Todos correm se abrigar,
Os coitados não percebem
Na cobertura, uma câmera a filmar.
O rico lá de dentro
Fica só observando,
De olho no monitor
Vê o pobre se molhando.
Logo chega o magnata,
Da rua o portão é acionado,
Amontoam-se num canto
Admiram o carro importado.
A chuva para,
A rotina continua,
Uns fazem poda de árvores
Outros varrendo rua.
O trabalho é duro,
Mas não podem desanimar
O desemprego é grande
Têm os filhos pra criar.
Rua dos nobres;
Que lugar é este
Onde tudo acontece,
Não deveria ter diferença
Pois nobre rima com pobre,
E todos nós sentimos dor,
Pecadores aqui da terra
Filhos do mesmo Criador.
Já descobri que lugar é este,
É onde o rico se sente mais rico,
E o pobre se sente mais pobre.
Se é rua dos nobres ou dos pobres
Não me importo,
Para mim é indiferente,
Se quem passa não me enxerga,
Quem eu não enxergo está presente,
E isto basta...