Vem

Vem, faz-me esquecer da fria noite lá fora...

Vem, guia-me pelos espaços do teu corpo,

doce, meigo....

Vem, ajuda-me a (re)amar,

A ver felicidade no teu riso,

E sentir a harmonia

No pulsar de teu coração

E na sinceridade de tuas mãos...

Preciso da verdade,

pois a mentira e a falsidade

Fizeram cerco em minhas certezas....

Vem, deixe que eu descanse

De meu dia solitário

No aconchego de teu peito...

Vem, toca-me com teus olhos,

verdejantes portas,

Que me querem enlevar ao infinito.

Vem, já não tenho porque lutar,

A batalha ficou lá fora,

Longe, em dois passados

que preciso esquecer.

Vem, cura-me a alma

de um amor doente, triste

que desabou no vazio.

Vem, cura-me a mente

De agressões perversas

a que meu corpo foi submetido.

Deixe que eu transcenda

No momento único que me aguarda.

Vem, para que possamos,

nesse reencontro

Das perdidas almas errantes,

Voar, sonhar de novo,

Ser feliz porque nos temos.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 10/08/2013
Código do texto: T4427525
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