Um Café Extremamente Quente
Um dia houve carinho. E eu entrei em pânico. Foi um gesto simples, mãos leves e delicadas reaching to my hair. Um movimento escorado em risos, em momentos divertidos, amizades escolhidas e compartilhadas, convites para sair de casa... A casa da família... Um café extremamente quente tomado e tomado sem o menor cuidado. E risos.
O que me fez correr? Eu não corri, mas escapei. Escapei do meu destino rumo aos braços do desconhecido, da escuridão, da cegueira e do silêncio que sufocam. Silêncio cheio de perguntas e possibilidades. Silêncio cego. Cego! Com um ar sufocante, quente, morto... frio. Anos de perguntas.
A fuga do a**r, talvez, mas por quê? Era o destino e o que eu fiz dele? Corri a passos lentos.
Dizem que toda benção que não é aceita vira maldição. Toda maldição é eterna, não por durar para sempre, mas por ser eterna em seu próprio tempo, seu mundo.
Mãos do destino, forças diferentes das minhas.
A coragem tem que ser tomada. É olhar nos olhos do medo e continuar. Ir. Para a frente mesmo com a dor que sabemos que só vai aumentar. Siga em frente.
É a repetição dos dias que viriam, do que devia ser até acabar, da vida que foi recusada mas não pode ser espalhada... Ela lhe pertence, viva. Seja. Ela lhe pertence, não lhe será tirada. Nem você de você. Nem você.
O que você quer? Você tem coragem ou vai se amaldiçoar. Viver. Querer. Dar o primeiro passo. Caminhar. Ir.
Havia um carinho recusado e ele sempre estará lá. Um fantasma assassinado. Do a**r? Nunca virá. Estará sempre lá.
Quem sou eu a não ser um corpo vazio? Eu quero sentir. Eu quero estar lá. Eu quero ser.
Não faz sentido.