Por instantes
Deixa-me sonhar neste fim de tarde
Buscar no meio deste denso mar
Alguma alga cristalina - a transparência
Não aquela que provoca má ardência
Mas a outra, que brilha ao boiar
E assim possa encontrar frescor
Não o frio das profundezas
Mas o afago, a ternura em levezas
Os elos relaxados da amizade concebida
Entre as penúrias da dúvida e da dor
Deixa-me ficar entre as alvas velas
Ao fundo, um azul mesclando o horizonte
Que a noite encobre com manto estrelado
Um sorriso contido, esmagado
A escapar num suspiro perscrutante
E o sonho nasce limpo e visionário
Encapelando o fatídico cenário
Borbulham águas, esboçam luzes cintilantes
Ondas benéficas se avolumam, se levantam
Eternamente...por instantes
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