Sinal Vermelho

Um nome de fé

De bíblia, esquinas e bares

Indo no coletivo ou a pé

Busca uma, só sua Maria

Personagem do mesmo livro

Santa no imaginário, na hospedaria vivia

De nomes que passam no crivo

Se fazem na rua rotina

Repetem a uma mesma sina

Montada por uma Maria e um José

De proles e sonhos grandes

Não murcha nunca a barriga

Não vence nunca a fadiga

Se para, o mundo ordena – Ande

A favela aguda se faz obelisco

Menores abandonados pingentes

Das janelas eles roubam flanelas

Para o frio ou para os para-brisas

Nos faróis dos indigentes

Buscam conteúdo para as panelas

Aceite moeda, a fome avisa

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 04/08/2013
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