Sinal Vermelho
Um nome de fé
De bíblia, esquinas e bares
Indo no coletivo ou a pé
Busca uma, só sua Maria
Personagem do mesmo livro
Santa no imaginário, na hospedaria vivia
De nomes que passam no crivo
Se fazem na rua rotina
Repetem a uma mesma sina
Montada por uma Maria e um José
De proles e sonhos grandes
Não murcha nunca a barriga
Não vence nunca a fadiga
Se para, o mundo ordena – Ande
A favela aguda se faz obelisco
Menores abandonados pingentes
Das janelas eles roubam flanelas
Para o frio ou para os para-brisas
Nos faróis dos indigentes
Buscam conteúdo para as panelas
Aceite moeda, a fome avisa