AMORES
Há amores que se vão com o tempo. Há outros que se dispersam na imensidão dos caminhos. Há amores que conseguem sobreviver na profania. Há outros que não resistem o palor da aurora.
Há amores que sobrevivem mesmo que sobre espinhos. Há outros que se rejuvenescem a cada manhã. Há amores que resistem a xucros vendavais. Há outros que germinam dos escombros. Que se formam árvores. Que se dão frutos.
Há amores em meio à futilidade. Há amores maiúsculos. Há amores incapazes. Há amores terrivelmente profanos. Há amores floridos. Há amores angelicais. Há amores maliciosos. Há amores obscenos. Há amores demoníacos. Há amores que não dão para se lembrar. Há amores que jamais serão esquecidos.
Agmael Lima – 16/02/2012