NO CORAÇÃO DA CIDADE
O ônibus contornava a Candelária
E Eu ia nele apreciando a paisagem
De mirabolantes pernosticidades
E os amigos? Aonde estão?
Já sei! No mesmo lugar de sempre
Lá ... dentro de suas razões!
Foi isso aí ... a causa foi esta!
Tive que sair daquele ambiente
Fui dar uma volta com meu violão
Vendo a multidão senti náuseas
Naquele corre corre displicente
Pela primeira vez senti as tripas
Que me prendiam aquela gente
Da falsidade desde outrora
Que recebia como presente
Reformulei os meus valores
Se porém lembrasse dos prejuízos
Bem ... vomitaria ali na hora
Mas consegui sair dali
Vim dar um rolé cá fora
Que alívio gigantesco
Eu senti naquela hora
Mas olhando pra cada esquina
Com o enjoo de novo me deparei
Uma barra enfrentar a multidão
Estava Eu lá sozinho com o meu violão
Reformulei tudo outra vez
Vi que tanto lá como cá
Dá no mesmo nojo em qualquer lugar
E o enjoo? Virá de novo? Não sei!
De repente senti uma fome
Meu corpo estava debilitado
Puxei a campainha e saltei
Fui caminhar um pouco
Fui procurar um lugar
Pra sentar e cantar
E foi assim que espantei
A fome que queria me assolar
Mas um cara me viu e parou
Quando vi tinha gente que até pagou
Que sorte ! Fui comer um sandwich
E tomar o meu rumo de volta
No percurso direto pro lar
Meu coração consegui acalmar
Mas o enjoo voltou a se apresentar
Só espero que a cidade me perdoe
Se Eu passar mal ... mas acho que não
Não vou por o dedo na goela ...
Mas vou viajar aqui apreciando a paisagem
Sentado, precavido, ao lado da janela !