NO CORAÇÃO DA CIDADE

O ônibus contornava a Candelária

E Eu ia nele apreciando a paisagem

De mirabolantes pernosticidades

E os amigos? Aonde estão?

Já sei! No mesmo lugar de sempre

Lá ... dentro de suas razões!

Foi isso aí ... a causa foi esta!

Tive que sair daquele ambiente

Fui dar uma volta com meu violão

Vendo a multidão senti náuseas

Naquele corre corre displicente

Pela primeira vez senti as tripas

Que me prendiam aquela gente

Da falsidade desde outrora

Que recebia como presente

Reformulei os meus valores

Se porém lembrasse dos prejuízos

Bem ... vomitaria ali na hora

Mas consegui sair dali

Vim dar um rolé cá fora

Que alívio gigantesco

Eu senti naquela hora

Mas olhando pra cada esquina

Com o enjoo de novo me deparei

Uma barra enfrentar a multidão

Estava Eu lá sozinho com o meu violão

Reformulei tudo outra vez

Vi que tanto lá como cá

Dá no mesmo nojo em qualquer lugar

E o enjoo? Virá de novo? Não sei!

De repente senti uma fome

Meu corpo estava debilitado

Puxei a campainha e saltei

Fui caminhar um pouco

Fui procurar um lugar

Pra sentar e cantar

E foi assim que espantei

A fome que queria me assolar

Mas um cara me viu e parou

Quando vi tinha gente que até pagou

Que sorte ! Fui comer um sandwich

E tomar o meu rumo de volta

No percurso direto pro lar

Meu coração consegui acalmar

Mas o enjoo voltou a se apresentar

Só espero que a cidade me perdoe

Se Eu passar mal ... mas acho que não

Não vou por o dedo na goela ...

Mas vou viajar aqui apreciando a paisagem

Sentado, precavido, ao lado da janela !

Eugênio O Vate
Enviado por Eugênio O Vate em 02/08/2013
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T4415930
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