ENIGMA
Da unidade do aglomerado enclausurado e libertado, muito aos poucos loucos, vão saindo.
A caminhada é lenta e toda gente se olha, desconhecidos adormecidos agora acordados se encostam e veem o Sol nascer, o azul turquesa que jaz, oscila no clarear do dia e agora os olhos trafegam marejados ao encontrar a última estrela da noite.
São todos irmãos que num só tempo vivem no gladiador do cotidiano agonizante e alucinante, se deixam levar até pelas espumas que sobraram porque não tem mais marés.
Alguns sentados molhados tentam recordar de algo que se foi, mas não sabem o que, nem como a lasca da lembrança balança na mente.
Mas nesta manhã estão liberados por onde começar esta nova etapa...
Todos os sentidos estão respondendo, mas a memória de outrora foi apagada, mesmo seguindo as pegadas piedosamente deixadas não dão pistas.
O coração/alma dispara e alguns sentem a diferença e então compreendendo a mudança de onde vieram e para onde vão.
No vão das recordações fragmentadas sabem que devem mudar os batimentos do coração imaginário sim, mas bomba relógio que conta os minutos para reflexão.
Com paixão semear boas sementes, amar o próximo e o mais distante também, pois a Estrela de Belém ainda brilha. Seu fulgor abrasador não deixa ninguém de fora, o louvor e a caridade, lustre como diamante, qualquer um pode fazer, é só querer!