REINVENTAR-SE

E ele voou alto,

Alcançando o infinito...

Perseguiu seus sonhos

Libertando-se dos juramentos,

Negando-se aos vôos rasantes...

Determinou seu destino,

Recriando a própria historia...

Voou bem mais alto

A escalar a dimensão...

Quebrou sua natureza

Revolto entre as barreiras...

Nem pelicanos, nem corujas,

Nem falcões ou albatrozes...

Voou em pensamentos

Afastando-se do bando...

Escalou os céus,

Na busca de sim mesmo...

Não encontrou limites

Nem temeu a estrada...

Voou varando as noites,

Enfrentando as madrugadas...

Compreendeu então,

A extensão de sua jornada,

Ao voar mais alto que o bando

Chegou bem perto do aqui e do agora...

E no sonho de liberdade

Foi além do próprio corpo...

Eis que ao olhar o horizonte

Desapegou-se de suas crenças

Reinventando-se de novo.

Albertina Chraim