PROSA ABERTA A MUSA...
Não se aflija, oh! musa minha,
Sabes de mim,
Ao saber da minha poesia.
Sabes dos versos que nos une,
Do mistério que nos prende,
A força do querer sem nem mesmo ver...
Não se aflija, oh! musa minha,
Com palavras cortantes
De quem está à margem...
Muitos que estão na plateia,
Não conseguem entender a ópera,
E quem a canta,
Está envolvida pela beleza de ser dela,
E isso basta...
Não se aflija, oh musa minha,
Não te cobrarei,
Não nos cobraremos,
E o que nos envolve,
Cabe a nós entender...
E isso cabe a força do inexplicável.
O mistério pode estar na xícara,
Ou atrás das lentes,
E paira sobre os nossos poemas...
Incomodando o mundo paralelo,
Que la fora segue...
Eu... você... o mistério...
E é só.