IPSO FACTO

Que noção posso ter dar coisas senão as que tenho ?

O sussurrar das ondas sonoras e de nossos pensamentos

A dilatação das pupilas pra Física e suas leis de atração ?

Permanecendo imóvel ou não estou sempre movendo com os ventos

Como não ver isso no universo se pra ele não existo e continuo sendo ?

Reconheço que tudo cumpre um destino ao sabor do tempo

E que temos que viver por dentro e por fora apenas percebendo

Atrelados as leis do retorno e da gravidade dos sábios e dos jumentos

Sei que a maioria de nós nos procuram quando estamos vivendo melhor

Mas que surpresa encontram ao nos verem saber sair de uma pior

De uma forma ou de outra a gente sempre acaba aprendendo

Estou aqui e todos os dias durmo tranquilo porque compreendo

Sei dar o desprezo, a atenção, a recompensa e a gratidão

Para aqueles que passaram comigo no teste do desvio e da retidão

Já não há quase mais nada nesta vida que me surpreenda

No meio da real ou da pseuda euforia não há muita diferença

Há muita guerra na paz e segurança dentro do olho do furacão

E mesmo de olhos fechados há muita luz vibrando na escuridão

Por todos os sentidos ouso dizer que já compreendo esta vida

É a morte explicita de uma outra parte implicita nesta dimensão

Assim que é a minha percepção particular desta nossa existência

Tão eterna quanto efêmera ... tão incógnita quanto ciência

Com a devida coragem e o devido temor de quem acredita

Na continuidade evolutiva, nas recompensas e nas penas devidas

E aceita a própria sorte e quiça a inevitável morte em tempo de vida !

Eugênio O Vate
Enviado por Eugênio O Vate em 28/07/2013
Código do texto: T4409081
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