Perfil Autoritário
Há crueldade no autoritário que introduz sua lei para seu próprio gozo. Egoísmo estampado na cara.
Mas o autoritário não enxerga sua conduta deturpada, pois crê que é impossível estar passivo ao erro.
Suas teorias e leis imputadas pela autoridade que julga ter, torna notória sua distorção de liberdade, direitos e deveres. Ele embebe em formol seus obstinados e impenetráveis conceitos.
Despótica a figura autoritária é muita articulada, estando munida de medidas drásticas em um embate, ela brada as palavras de indignação quando em descontentamento se encontra.
Caso haja “rebeldes”, ou seja, aqueles que descordem de suas convicções e leis que imputa erroneamente sobre a vida alheia, mesmo não estando apto para tanto, reage de forma violenta e dominadora, e em sua introspecção conclui que um terreno ganho jamais pode ser perdido!
A maneira que encontra para privar o “rebelde” de fugir de suas garras e de retomar o controle sobre sua própria vida, não sendo mais um objeto em sua artimanha de governar, mandar e desmandar, impor e contrapor, é que o obstinado e escandaloso autoritário discorre seu discurso ameaçador, pragmático e obscuro, onde tem como carta na manga lançar sobre a face do “rebelde” suas fraquezas, temores e defeitos, subjugando como fraco, incapaz e pecaminoso, e que longe das leis que criou o rebelde esta sentenciado a morte.
O autoritário é um cego que escolheu a cegueira para manter-se no topo, e encontra nesta cegueira a luz que mantem suas manhas e pirraças. O autoritário não aceita ser contestado, não aceita ser rejeitado, não aceita ser burlado, não aceita ser questionado... Ele não aceita nada além da supressão das opiniões de seus “rebeldes” e a constante reverência a ele que se auto intitula maioral. Vale ressaltar que o autoritário sempre achara um defeito, ou algo que esteja o desagradando, pois murmurar é algo crucial a rotina de um autoritário.