Pendor
Destaco um coração enrijecido, pelas mágoas e pelos prantos.
A ti, um olhar desconhecido, discreto e inevitável.
Exponho o silêncio, cilício dos não culpados.
Disponho o amor, oculto e inesperado.
Espero em rubor, teus lábios sobre o presente.
Teus olhos ao flanco e árido, pendor;
Declive do não descrito, partido, vivenciado.
Presente no seu sorriso, distinto no meu passado.