SEM COMEÇO E EM FIM
Em minhas retas quase tortas
Deslizo meus escritos
Em forma de prosa...
Reversos de meus pensamentos
Quase sempre tão secretos,
Por meio das palavras
Encontro-os, tão expostos...
Nas esquinas de minhas escritas
Deito-me sobre a vida
Descrevendo os sonhos
Como se fossem pipas coloridas
Deslizando no céu...
E a lua derretendo-se em mel
Desfila entre as estrelas na imensidão do céu,
Navegando em alto mar
Com um barquinho de papel...
E essas retas quase tortas
Descrevem parte de mim
Como se fosse o Eu,
Algo sem começo,
Algo sem fim...
Albertina Chraim