M.
M. me inspira, provoca. M. é doce, gentil. Mistura de mel e mal.
M. mente? M. mexe com a minha mente, meus sentidos e meus quadris...
Gosto da ideia de que M. seja um pouco meu. M. é meu? M. é de muitas mulheres? M. é mistério. Minha mão é um manto moderno para a masculinidade de M.?
Próxima a M. sou mulher, magnífica, maravilhosa, menina, moleca. Longe de M. (e perto também) sinto um pouco de medo. A distância é martírio, maldade, melancolia. As vozes de M. são polifônicas, inclusive as que ele não emite.
M. sabe que me faz feliz e que acrescenta muito em minha vida, logo... me tem nas mãos.
As mãos de M. são encantadoras, articuladas e quase sempre sabem muito o bem o que fazer.
E me tem nas mãos...
M. machuca, magoa... mas manda. Nos meus desejos, pensamentos e alguns planos... M. manda!
O que M. não sabe é que no meu lugar mais secreto eu sou sua mulher perfeita... A melhor de todas. A melhor para M. Só que nesse local secreto... eu mato M. diversas vezes e de diversas formas... Mato de amor, mato de raiva, mato de morte morrida e de morte matada.
E mesmo assim... acho que M. é minha metade mais metafórica.