CAI O PANO...
Num canto qualquer
De qualquer esquina
Talvez uma mulher
Talvez uma menina
Cabelos embaraçados
Pele suja e pés no chão
Futuro apagado
Violentada e sem noção
Andarilha dizemos nós
Louca, atormentada
Olhamo-la e sentimos dó
Por ela, não fazemos nada!
É um ser humano
Como somos também
Agora, cai o pano
Não somos mais que ninguém...
Minha vergonha está as claras
Vejo tudo e nada faço
Depois de muitas falas
Sinto-me um palhaço
Num mundo faz de conta
Onde alegria é o vintém
Realidade não faz afronta
Daquele que nada tem
Hoje o dia é belo, e
O juízo advir após
Estou sendo mui sincero
DEUS, tenha piedade de nós!!!