OUTRO REFLETIR...
Para mim, é a imagem no espelho que se contradiz,
Pois eu vejo sim, essa criança a dançar entre as estrelas.
E o meu coração, que se perde na imensa correnteza,
Do meu puro sangue a fluir, entre o veneno e cura.
Uma Liberdade louca por um ser que me chega,
Mesmo sendo assim, imaterial.
Sinto o abraço, em meus braços, tão forte e meigo,
O raiar da essência de um desconhecido perfume,
E que os meus sentidos, frágeis, ele assume,
Apenas respeitando, embora ofegante, o meu respirar,
Nos demais sou descontrole.
Paira no ar uma seiva de juventude,
Embora esse espelho teime a mostrar o contrário,
Sou eu que me vejo, agora, em outros reflexos,
Nos olhos de quem também me vê assim,
Jovem qual estou. O que é já não importa.