Devaneios truncados
Enquanto o espero,
teu silêncio devora meus devaneios.
Teus passos perderam o rumo,
são agora trincados pelo desinteresse.
Choveu na nossa febre, o diálogo encharcou.
Eu, como pássaro ferido,
envolvo-me no véu da mudez,
mastigo a expectativa e a indigesta ansiedade,
vejo se partir entre dentes, o fio de esperança.
Tornei-me abstêmia do desejo,
de novamente te ter!