Platônico...

Tenho algo engraçado para te dizer (queria poder falar)... Engraçado não é bem o termo, confuso, egoísta, mas sem ser hipócrita. Acordei com um medo do qual relutei em te dizer (e ainda reluto), pois é um medo egoísta. Imaginei uma cena em que você encontrava alguém que te cativasse e desse a atenção merecida e pensei, sim e daí? Ela não é sua, não podes dá a ela o que qualquer um daria de melhor, a proximidade, o contato de verdade, a realidade do toque, do carinho concreto. E me veio um sentimento de perda, uma tristeza em forma de vazio. Fiquei admirado. Primeiro com a cara de pau dos meus sentimentos por não querer ser cobrados por nada e querem tudo, que não prometem e querem promessas. Imagine uma loucura de comportamento, que nada mais é do que o próprio retrato humano... O egoísmo, esse centrismo equivocado, que torna a tudo e a todos ao lado como se fossem propriedades, e que sente de verdade uma posse incondicional do ser e ter.

Previ, inclusive, um final do nosso relacionamento, que nem mesmo começou, mas já me dava essa máscara de sentimento de perda, essa minha natureza fraca, que insiste em viver fragilizado, o medo de ser preso e de prender... Tolo, não?

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 23/07/2013
Reeditado em 23/07/2013
Código do texto: T4400140
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