CONVERSA DE BAR
O errado e o certo
Em conversas de bar...
Gastaram suas horas
A se apresentar...
O certo imponente,
A cravar suas idéias...
O errado irreverente
Tentando se justificar...
Foram horas
De trelas...
E o certo falava de Deus
Em que se espelhava...
O errado falava do Outro,
A se vangloriar...
Mal sabiam que diante,
Daquela longa conversa...
Estavam travando batalhas
Disfarçadas em idéias...
Seria tudo muito simples
Se não fosse o medo de pecar...
Estaria o certo profanando,
E o errado a se confessar...
E o dois protagonista,
Dessa conversa de bar
Saíram abraçados
Jogando a toalha...
O errado chegou a conclusão
Que o certo também tem seus apreços...
E o certo percebeu
Que o errado estava apenas do lado avesso...
Tudo dependeu
Do ângulo que um viu o outro,
Chegando a conclusão
Que ninguém é perfeito...
Não há certo que nunca erre,
Não há errado que nunca acerte...
E assim encerrou-se aquela conversa de bar,
Do que é certo ou errado
Sem poder se condenar...