Cidadão de rua

Eu fui um moleque de rua

Onde a moral se amua

Chutava bola de meia

Onde a polícia apeia

Aciona o livro penal

Profecia do marginal

Eu fui moleque carente

Vim do pó, sou dependente

De drogas que a fome anula

De droga que chega sem bula

De mãe trotoando no cais

Nunca me disse quem é meu pai

Nesta rua hoje mora um povo

Que não pede nada de novo

Apura delitos que não são meus

Delitos de quem o povo escolheu

Nesta rua tribuna da nação

Hoje vejo,que nela sou cidadão

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 18/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
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