Cidadão de rua
Eu fui um moleque de rua
Onde a moral se amua
Chutava bola de meia
Onde a polícia apeia
Aciona o livro penal
Profecia do marginal
Eu fui moleque carente
Vim do pó, sou dependente
De drogas que a fome anula
De droga que chega sem bula
De mãe trotoando no cais
Nunca me disse quem é meu pai
Nesta rua hoje mora um povo
Que não pede nada de novo
Apura delitos que não são meus
Delitos de quem o povo escolheu
Nesta rua tribuna da nação
Hoje vejo,que nela sou cidadão