Estrada do pecado
Olhem essas vastas estradas!
Aos olhos fechados apenas um caminho, aos abertos, escolhas.
Um mais estreito e com espinhos, porém, com um belo fim premeditado e notas estendidas para a sonoridade da alma, que clamantes vagam ao som da paz.
O outro, mais amplo e límpido ao momentâneo prazer do corpo, do pecado e ao término, solidão;
Silenciada pelo fim dos agudos da vida.
E o que fazer?
Andar pela estreita vereda, cortando-se e sangrando, contudo;
Sabendo que a música estará orquestrando teu peito?
Ou, caminhar sorridente pelo pecado untado pelo momento, findado pela última nota, desregrado sem a batida do peito?
Pecado, tão curto e previsível, amplo e derradeiro sobre os lábios que o prometem cantar ao infinito, infinitamente momentâneo e vago, como um belo instrumento desafinado.